Um homem que sempre viveu para a família, trabalhou a vida inteira, até quando pode. Nascido em Santo Anastácio no ano de 1922 no dia 07 de maio, filho de Antonio Ramires Barreira e de d. Adoración Anéas Franco, que aqui nesta cidade se casaram e tiveram o primeiro filho, o Manoel, que leva o nome de seu avô, Manoel Ramires Reina, um dos pioneiros desbravadores desta cidade, que em seu início, o nome de Vai-Vem levava...
UMA PEQUENA BIOGRAFIA DO MANOEL...
Manoel, este é seu nome. Ou por Ramires, também muito
conhecido. Seo Ramires é como muitos ainda lhe chamam...
Manoel Ramires Barreira, seu nome de batismo. Nascido em
Santo Anastácio, estado de São Paulo, nos idos de 1922, ainda nos primórdios da
colonização de nossa cidade, com pouco mais de 5 anos da chegada dos primeiros
moradores...
Filho de famílias pioneiras em nossa cidade, Manoel nasceu
em 07 de maio de 1922 pelas mãos de tia Carmem Cadenhano, uma parteira da
família. Nasceu em casa, na fazenda de seu avô Manoel Ramires Reina, um dos
pioneiros em nossa cidade, com uma área de 120 alqueires, com plantação de
café, que ficava depois da atual Vila Ramires na saída para Bernardes, e que
hoje é de propriedade do senhor Orlando Arikawa.
Até 1933, viveu e foi criado nesta fazenda. Filho de
Antonio Ramires Barreira e Adoración Anéas Franco. Ele, Antonio, filho de
Manoel Ramires Reina e de d. Carmem Barreira Cruz e ela, Adoración, filha de
José Anéas Guerrero (falecido na Espanha) e de d. Francisca Isabel Anéas Franco
Moya. Todos moradores em Santo Anastácio nessa época...
Por volta de 1942, conhece uma senhorita muito charmosa e
linda de nome Ruth. Ruth morava no distrito de Ribeirão dos Índios, filha de
portugueses. Seu pai João Ribeiro Dias, conhecido por João Graça. Sua mãe,
Emília Guedes Real da família Real que lá residia. Começa aí um namoro em
épocas difíceis, por conta das agruras e horrores da segunda guerra mundial que
assolava a Europa. Idas e vindas a Ribeirão dos Indios, em bailes no Índio FC,
e também na casa dos pais da menina Ruth.
Em 1944, mais precisamente em 29 de abril, casa-se no
civil em Santo Anastácio e no religioso na Igreja Católica de Presidente
Bernardes, por conta da falta de padres na cidade. Um casamento simples, sem
festa... Poucos convidados. Tempos difíceis aqueles...
Deste
casamento, Manoel e Ruth tiveram dois filhos, um casal, José Carlos Ramires e
Vanda Aparecida Ramires Clementino.
Manoel
Ramires, aprendeu a profissão de marceneiro na Oficina do Badú, que ficava na
rua Dr. Costa Manso, mais ou menos onde hoje é o escritório de advocacia do dr.
Wilson Corral Ozores. Ali havia um barracão de madeira onde funcionava a
Marcenaria do Badú. Isto em 1942. Depois que se casa, em 29 de abril de 1944,
percebe que poderia também montar uma pequena Fábrica de Móveis. E assim
aconteceu. Com ajuda de seus pais, começa a trabalhar por conta própria no ramo
da marcenaria, no local onde hoje exatamente existe a Funerária N. Sra.
Aparecida, na Praça Ataliba Leonel, 203 no centro da cidade...
O
relógio do tempo dando suas voltas e mais voltas, com a passagem dos anos, os
negócios prosperam, como novos sócios, seus irmãos, Aurélio e Antonio (o
Toninho). Surge como serviço agregado a Funerária N. Sra. Aparecida. Móveis
populares de boa qualidade começam a ser fabricados e também esquadrias,
portas, venezianas, janelas e batentes, além da fabricação de caixões
funerários, que eram, todos estes produtos, até vendidos para outra empresas
comerciais do norte do Paraná. Bons tempos, boas vendas...
Com a
passagem do tempo, como o senhor Manoel Ramires era muito querido e conhecido
na cidade, convites chegam para que ele se candidate a vereador em nosso
município. Isto em 1972, mais especificamente em outubro de 1972, quando ocorre
as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores. Esta foi a 7ª
Legislatura formada (que começa a ser contada somente nos pleitos com eleições
diretas populares). Em mais outras duas legislaturas Manoel Ramires foi
vereador. Foram no total 16 anos como de vida política.
Um
Homem respeitado e muito querido por todos... Em nossos corações, muita saudade
ficará... Uma saudade com sabor de bem-querença, e de alegria pelos bons
momentos que juntos vivemos... Todos nós, seus filhos: José Carlos e Vanda, a
nora Ivanilde, minha esposa; Gilberto meu cunhado, já falecido, e de alegre
lembrança; dos seus netos: Fernando, o mais velho, Luiz Gustavo, o do meio e
Dante Rafael, o mais novo; e da minha sobrinha Larissa, filha de minha irmã Vanda; e
também da mais novinha bisneta, Rafaela, de 1 ano e 7 meses, que dele somente
lembrará por fotos, vídeos e histórias a ser contada...
Aos seus
amigos anastacianos, daqui e de outros lugares e cidades, rotarianos, seus
companheiros de longa data, seus familiares, e enfim, todos, sem exceção,
considerem-se convidados para as últimas homenagens que lhe serão prestadas,
durante o velório, na Casa de Velório N. Sra. Aparecida, e também no féretro que
será realizado amanhã, domingo, 15/12, às 09h00 com o sepultamento de seu corpo
no Cemitério da Saudade, junto de sua querida esposa d. Ruth, mãe, avó e bisavô da Rafaela, que não conheceu aqui na terra... Mas em outra esfera tudo viu e
acompanhou e que um dia todos nos encontraremos...
Descanse
em Paz, meu querido pai e amigo... De seu filho, José Carlos...
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