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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

01/01/2017 - Faleceu neste domingo, 1º de Janeiro, por volta das 22h15, no Hospital Anita Costa de Santo Anastácio, o Sr. Olavo Ayres de Lima (Chefe Olavo), aos 93 anos.

01/01/2017 - Faleceu neste domingo, 01/01, por volta das 22h15, no Hospital de Caridade Anita Costa de Santo Anastácio, o Sr.Olavo Ayres de Lima, aos 93 anos de idade. Era conhecido por Chefe Olavo, por ser durante muitos o Chefe dos Escoteiros de Santo Anastácio.

Era viúvo da Sra. Maria Aparecida Alves de Lima. Ele deixa os filhos, Maria Eugenia, Oliver (Branco) e Darli. Residia na Rua  Joaquim Nabuco, 312, em Santo Anastácio. 

A Sr. Olavo está sendo velado no Memorial Ramires, na Rua João Toledo, 49 - Vila Ramires em Santo Anastácio.

O sepultamento está previsto para hoje às 17:30 horas no Cemitério da Saudade (antigo) em Santo Anastácio.

Aos familiares e amigos externamos as nossas mais sinceras condolências. Que o Sr.Olavo descanse na Paz Eterna do Senhor...


     Hoje estamos enlutados e tristes pelo passamento do Chefe Olavo, porém ao mesmo tempo jubilosos, pois que perdemos o corpo material, mas o seu espírito de vida de homem colaborador, de cidadão, de bondade para com todos, uma pessoa, um ser ouvinte e conciliador, para sempre viverá em nossas mentes. E como diz o dito popular, enquanto houver alguém que se lembre de outrem, este sempre viverá. Viverá nas mentes daqueles que dele se lembrar e quem dele falar ou escrever. Por isto escrevi esta crônica de elegia e de homenagem ao querido Chefe Olavo, publicada que foi  em sites, blogues e em redes sociais no dia 11/11/2011.
Descanse em Paz meu querido e dileto Chefe Olavo, o Olavo Ayres de Lima...


Chefe Olavo, um exemplo de cidadão que sempre foi e sempre será... 
José Carlos Ramires  
jc_ramires@hotmail.com

Chefe Olavo, uma figura exemplar, um cidadão por excelência, um homem simples, com humildade aflorando em sua pele, em seus atos e palavras. Seu nome completo, Olavo Ayres de Lima, tendo “y” no seu nome Ayres, que diz ele, não sabe de onde provem, ou pelo menos o do porquê de tão inusitado nome, segundo suas palavras. E que faz “questam” deste “y”, como sempre costuma dizer para o vocábulo “questão”, um cacoete lingüístico, talvez ligado ao caipirismo, por conta de suas origens e do local de seu nascimento, a bela Itapetininga, uma das cidades da média Sorocabana pertencente ao Quadrilátero Caipira, região formada pelas localidades de Sorocaba, Botucatu, Piracicaba e Campinas, de onde muitos músicos surgiram, e que, tal como os violeiros, cantadores do sertão, sanfoneiros e das famosas “duplas caipiras”, também o Chefe Olavo, nascido entre eles, contagiado foi pela virose musical muito forte da região, tornando-se um apaixonado pela música e de seus instrumentos de sopro, as cornetas, clarins e trumpetes... Em muitos bailes e orquestras, este músico Olavo, encantou e alegrou... Jovens e adultos.

            Nascido em 23 de dezembro de 1923, de sua mãe d. Eugênia Ayres de Lima e de seu pai, Cesário Ayres de Lima, Olavo, um rapazote com seus 14 anos incompletos, chega a Santo Anastácio no último trimestre de 1937, que para ele, penso eu, deva ter sido uma experiência única e marcante.

            Seu pai, Sr. Cesário, nascido em Ribeirão Preto, um rapaz que trabalhava como músico num circo, por uma dessas andanças circenses, chega a Itapetininga e lá conhece linda senhorita de nome bonito e charmoso, Eugênia... Com ela se casa, por lá fica e estabelece residência. Trabalha como músico e como funileiro na confecção de artigos de lata e de folhas-de-flandres, como canecos, funis, lamparinas e lampiões a querozene e outros produtos e artigos de ferro. Com d. Eugênia teve dois filhos, um que logo morre aos sete anos de idade e o segundo, Olavo, que por tal destino, acaba sendo filho único.
            Como sabia escrever, seu Cesário arruma um trabalho num banco em Pirajú e para lá se muda. A família mora um tempo em Ipauçú e depois em Assis. Aqui nesta cidade passa a trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana, dando por vir a Santo Anastácio, com a mulher, d. Eugênia e seu filho Olavo, para trabalhar por alguns meses... E por aqui acabou ficando e montando residência. E de Santo Anastácio, ela e seu filho Olavo nunca mais saíram... E adotaram este rincão anastaciano, como lar definitivo...
           
D. Eugênia, por conta de sua atividade de parteira, profissão de prática adquirida ainda em Itapetininga, por obra e arte de uma enfermeira-parteira formada na Escola de Medicina de Curitiba, que muito a auxiliou nos altos de Itapetininga. Muitos partos aqui executou e muitas crianças ao mundo ela apresentou.
Foram mais de duas mil crianças que de suas mãos nasceram. Muitas crianças e muitas estórias, de vidas ainda por contar, que de muitos não se sabe, mas ela, no seu mundo espiritual reservado, sabe quem e porque vieram, porque nasceram e um destes, de suas mãos nascido, neste momento escreve e a homenageia, e também a seu filho, e por isto e por muito mais, meus agradecimentos sinceros lhes dedica. À d. Eugênia, por meu nascimento e ao Chefe Olavo, por seus exemplos de cidadania, de humildade e de bondade.

            Em Santo Anastácio, Olavo conhece uma graciosa jovem de nome Maria, que de Aparecida lhe completa. Casam-se na Igreja Paroquial de Santo Anastácio em 08 de dezembro de 1948, e deste matrimônio, três filhos nascem: Maria Eugênia, Darli e Oliver, e de seus casamentos, chefe Olavo e sua mulher Maria, hoje, sete netos e dois bisnetos possuem... Mas, muitos outros descendentes deixa o Chefe Olavo, seus pequenos e jovens escoteiros espalhados, que com certeza em seus corações e mentes, um gosto alegre de saudade a todos os remete.

            A vida deste anastaciano de coração foi pautada por exemplos dignos de um verdadeiro cidadão, preocupado que era pelo encaminhamento dos jovens, nas sendas e nos ensinamentos do Velho Lobo, codinome de Benjamim Sodré, um Almirante, que escreveu o “Guia do Escoteiro”, de 1925, servindo a muitos grupamentos de escoteiros como guia e orientação em suas atividades e também ao Velho Lobo anastaciano, o Chefe Olavo.

Em 18 de março de 1967 é admitido na Venerável Loja Maçônica “José Bonifácio”, onde também se dedicou com muito amor e incansável labor, às lides e responsabilidades desta augusta e respeitável Ordem. Foram 44 anos de atividade ininterrupta...

            Chefe Olavo, digno e diligente vereador na 7ª legislatura, de 1973 a 1977. Foi também Conselheiro Tutelar em nossa comunidade e, já de algum tempo, é membro honorário do Rotary Club desta cidade. A sua profissão sempre foi a de pintor, pintor de casas, de letreiros, de propagandas em painéis e de tudo que se relacionasse a letras e a escritos, e também pintor de todo tipo de equipamentos. Um incansável batalhador nesta lide.

            Mas, de certo modo, o que ficou marcado em sua vida, foi a sua dedicação ao Escotismo em nossa terra. Em 1955 teve seu primeiro registro oficial na UEB – União dos Escoteiros do Brasil. Fundador e criador do Grupo Escoteiro Caiuá, nº 124 – UEB/SP (http://gecaiua.blogspot.com/).
            Entretanto, desde 1938, com idade de 14/15 anos, sempre lidou com o escotismo, seja participando ou chefiando. Foram mais de 60 anos de luta e dedicação ao escotismo anastaciano. Muitas crianças e jovens anastacianos passaram pela orientação educadora do grande e agora “Velho Lobo”, o grande “Chefe”, o sempre e sempre Chefe Olavo...

            A você, meu querido Chefe, os nossos agradecimentos e em nome de todos e por todos os seus pupilos escoteiros, um sempre e grandioso grito de “hurra”...
            E em especial, neste glorioso dia de 11 de novembro de 2011, véspera das festividades das comemorações republicanas, do dia da Bandeira e das comemorações dos 86 anos de emancipação político-administrativa de nosso município, quando a Câmara Municipal outorga e entrega ao Chefe Olavo, com justiça e glória, o seu bem merecido, justo e perfeito título de “Cidadão Anastaciano”, que em verdade, sempre foi e sempre será... Os nossos parabéns ao cidadão Olavo Ayres de Lima, o nosso sempre “Chefe Olavo”...

Um abraço especial, por três vezes... Esteja você onde estiver, meu caro Chefe Olavo... Um dia nos encontraremos... 

José Carlos Ramires

11/11/2011
Republicado hoje, 02 de Janeiro de 2017...

Um comentário:

  1. Vá com DEUS, grande Chefe Olavo, que muitas lições nos deixou, exemplo de vida. Sempre Alerta! Será sempre lembrado por este seu Escoteiro... Saudades...
    Marcos Guariento (Kinho)

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