Era viúvo da Sra. Maria Aparecida Alves de Lima. Ele deixa os filhos, Maria Eugenia, Oliver (Branco) e Darli. Residia na Rua Joaquim Nabuco, 312, em Santo Anastácio.
A Sr. Olavo está sendo velado no Memorial Ramires, na Rua João Toledo, 49 - Vila Ramires em Santo Anastácio.
O sepultamento está previsto para hoje às 17:30 horas no Cemitério da Saudade (antigo) em Santo Anastácio.
Aos familiares e amigos externamos as nossas mais sinceras condolências. Que o Sr.Olavo descanse na Paz Eterna do Senhor...
Hoje estamos enlutados e tristes pelo passamento
do Chefe Olavo, porém ao mesmo tempo jubilosos, pois que perdemos o corpo
material, mas o seu espírito de vida de homem colaborador, de cidadão, de
bondade para com todos, uma pessoa, um ser ouvinte e conciliador, para sempre
viverá em nossas mentes. E como diz o dito popular, enquanto houver alguém que
se lembre de outrem, este sempre viverá. Viverá nas mentes daqueles que dele se lembrar e
quem dele falar ou escrever. Por isto escrevi esta crônica de elegia e de
homenagem ao querido Chefe Olavo, publicada que foi em sites, blogues e em
redes sociais no dia 11/11/2011.
Descanse em Paz meu
querido e dileto Chefe Olavo, o Olavo Ayres de Lima...
Chefe
Olavo, um exemplo de cidadão que sempre foi e sempre será...
José Carlos Ramires
José Carlos Ramires
jc_ramires@hotmail.com
Chefe Olavo, uma figura
exemplar, um cidadão por excelência, um homem simples, com humildade aflorando
em sua pele, em seus atos e palavras. Seu nome completo, Olavo Ayres de Lima,
tendo “y” no seu nome Ayres, que diz ele, não sabe de onde provem, ou pelo
menos o do porquê de tão inusitado nome, segundo suas palavras. E que faz
“questam” deste “y”, como sempre costuma dizer para o vocábulo “questão”, um
cacoete lingüístico, talvez ligado ao caipirismo, por conta de suas origens e
do local de seu nascimento, a bela Itapetininga, uma das cidades da média Sorocabana
pertencente ao Quadrilátero Caipira, região formada pelas localidades de
Sorocaba, Botucatu, Piracicaba e Campinas, de onde muitos músicos surgiram, e
que, tal como os violeiros, cantadores do sertão, sanfoneiros e das famosas
“duplas caipiras”, também o Chefe Olavo, nascido entre eles, contagiado foi
pela virose musical muito forte da região, tornando-se um apaixonado pela
música e de seus instrumentos de sopro, as cornetas, clarins e trumpetes... Em
muitos bailes e orquestras, este músico Olavo, encantou e alegrou... Jovens e
adultos.
Nascido
em 23 de dezembro de 1923, de sua mãe d. Eugênia Ayres de Lima e de seu pai, Cesário
Ayres de Lima, Olavo, um rapazote com seus 14 anos incompletos, chega a Santo
Anastácio no último trimestre de 1937, que para ele, penso eu, deva ter sido
uma experiência única e marcante.
Seu
pai, Sr. Cesário, nascido em Ribeirão Preto, um rapaz que trabalhava como
músico num circo, por uma dessas andanças circenses, chega a Itapetininga e lá
conhece linda senhorita de nome bonito e charmoso, Eugênia... Com ela se
casa, por lá fica e estabelece residência. Trabalha como músico e como
funileiro na confecção de artigos de lata e de folhas-de-flandres, como
canecos, funis, lamparinas e lampiões a querozene e outros produtos e artigos
de ferro. Com d. Eugênia teve dois filhos, um que logo morre aos sete anos de
idade e o segundo, Olavo, que por tal destino, acaba sendo filho único.
Como
sabia escrever, seu Cesário arruma um trabalho num banco em Pirajú e para lá se
muda. A família mora um tempo em Ipauçú e depois em Assis. Aqui nesta cidade passa
a trabalhar na Estrada de Ferro Sorocabana, dando por vir a Santo Anastácio,
com a mulher, d. Eugênia e seu filho Olavo, para trabalhar por alguns meses...
E por aqui acabou ficando e montando residência. E de Santo Anastácio, ela e
seu filho Olavo nunca mais saíram... E adotaram este rincão anastaciano, como lar
definitivo...
D. Eugênia, por conta de
sua atividade de parteira, profissão de prática adquirida ainda em Itapetininga,
por obra e arte de uma enfermeira-parteira formada na Escola de Medicina de Curitiba,
que muito a auxiliou nos altos de Itapetininga. Muitos partos aqui executou e
muitas crianças ao mundo ela apresentou.
Foram mais de duas mil
crianças que de suas mãos nasceram. Muitas crianças e muitas estórias, de vidas
ainda por contar, que de muitos não se sabe, mas ela, no seu mundo espiritual
reservado, sabe quem e porque vieram, porque nasceram e um destes, de suas mãos
nascido, neste momento escreve e a homenageia, e também a seu filho, e por isto
e por muito mais, meus agradecimentos sinceros lhes dedica. À d. Eugênia, por
meu nascimento e ao Chefe Olavo, por seus exemplos de cidadania, de humildade e
de bondade.
Em
Santo Anastácio, Olavo conhece uma graciosa jovem de nome Maria, que de
Aparecida lhe completa. Casam-se na Igreja Paroquial de Santo Anastácio em 08
de dezembro de 1948, e deste matrimônio, três filhos nascem: Maria Eugênia,
Darli e Oliver, e de seus casamentos, chefe Olavo e sua mulher Maria, hoje, sete
netos e dois bisnetos possuem... Mas, muitos outros descendentes deixa o Chefe
Olavo, seus pequenos e jovens escoteiros espalhados, que com certeza em seus
corações e mentes, um gosto alegre de saudade a todos os remete.
A
vida deste anastaciano de coração foi pautada por exemplos dignos de um
verdadeiro cidadão, preocupado que era pelo encaminhamento dos jovens, nas
sendas e nos ensinamentos do Velho Lobo, codinome de Benjamim Sodré, um
Almirante, que escreveu o “Guia do Escoteiro”, de 1925, servindo a muitos
grupamentos de escoteiros como guia e orientação em suas atividades e também ao
Velho Lobo anastaciano, o Chefe Olavo.
Em 18 de março de 1967 é
admitido na Venerável Loja Maçônica “José Bonifácio”, onde também se dedicou
com muito amor e incansável labor, às lides e responsabilidades desta augusta e
respeitável Ordem. Foram 44 anos de atividade ininterrupta...
Chefe
Olavo, digno e diligente vereador na 7ª legislatura, de 1973 a 1977. Foi também
Conselheiro Tutelar em nossa comunidade e, já de algum tempo, é membro
honorário do Rotary Club desta cidade. A sua profissão sempre foi a de pintor,
pintor de casas, de letreiros, de propagandas em painéis e de tudo que se
relacionasse a letras e a escritos, e também pintor de todo tipo de
equipamentos. Um incansável batalhador nesta lide.
Mas,
de certo modo, o que ficou marcado em sua vida, foi a sua dedicação ao
Escotismo em nossa terra. Em 1955 teve seu primeiro registro oficial na UEB –
União dos Escoteiros do Brasil. Fundador e criador do Grupo Escoteiro Caiuá, nº
124 – UEB/SP (http://gecaiua.blogspot.com/).
Entretanto,
desde 1938, com idade de 14/15 anos, sempre lidou com o escotismo, seja
participando ou chefiando. Foram mais de 60 anos de luta e dedicação ao
escotismo anastaciano. Muitas crianças e jovens anastacianos passaram pela
orientação educadora do grande e agora “Velho Lobo”, o grande “Chefe”, o sempre
e sempre Chefe Olavo...
A
você, meu querido Chefe, os nossos agradecimentos e em nome de todos e por
todos os seus pupilos escoteiros, um sempre e grandioso grito de “hurra”...
E
em especial, neste glorioso dia de 11 de novembro de 2011, véspera das
festividades das comemorações republicanas, do dia da Bandeira e das
comemorações dos 86 anos de emancipação político-administrativa de nosso
município, quando a Câmara Municipal outorga e entrega ao Chefe Olavo, com
justiça e glória, o seu bem merecido, justo e perfeito título de “Cidadão
Anastaciano”, que em verdade, sempre foi e sempre será... Os nossos parabéns ao
cidadão Olavo Ayres de Lima, o nosso sempre “Chefe Olavo”...
Um abraço especial, por três vezes... Esteja você onde estiver, meu caro Chefe Olavo... Um dia nos encontraremos...
José Carlos Ramires
11/11/2011
Republicado hoje, 02 de Janeiro de 2017...
Vá com DEUS, grande Chefe Olavo, que muitas lições nos deixou, exemplo de vida. Sempre Alerta! Será sempre lembrado por este seu Escoteiro... Saudades...
ResponderExcluirMarcos Guariento (Kinho)